Dia 06 de julho comemora-se o aniversário de Frida Kahlo. Nessa data, vocês podem notar várias postagens nos feeds das redes sociais ora contando a história da pintora ou mulheres prestando homenagens à pintora. Esse ano (2021) por falta de tempo, planejamento e, por esse meu jeito aleatório de conduzir meu conteúdo, me dediquei a algumas repostagens nos stories do Instagram para não deixar a data passar em branco.
Porém, me senti mal durante a semana. Ora essas, estamos falando dela. “Como assim você não vai fazer um texto?”, me questionei. A verdade é que me parece insuficiente dizer algo sobre um sentimento que vai além do vocabulário, sabe?
Eu e Frida temos uma relação única. Sim, somos próximas dessa maneira. A gente se entende na coluna quebrada, na pintura realizada na cama, na imagem do veado com flechas, no amparo entre o pulsar do coração que alimenta a cena das duas Fridas. Um reconhecimento singular, impossível de explicar. Na ausência de palavras busquei a foto que me toca.
Esse registro feito por um dos seus amores, Nickolas Muray, é meu punctum, como diria Barthes. Gosto desse seu jeito de olhar para o nada. Como se enxergasse algo que não entendemos ainda. É como se ali, no vazio, ela se escondesse para aliviar sua dor.
Aí, no topo deste prédio é onde nos encontramos sempre. Onde temos nossas melhores conversas, conselhos, mas principalmente, os melhores silêncios. ❤️ Obrigada por tudo, querida.
*Texto originalmente publicado dia 9 de julho: https://www.instagram.com/p/CRH3RbSMRuu/